domingo, dezembro 30, 2007

Play it again... Woody


Este ano voltamos a ter a presença do Woody Allen como músico do fim de ano. Por uns míseros 500 euros, qualquer pessoa tem o previlégio de ver este famoso clarinetista, que por acaso também é actor e por acaso também é realizador...dizem.

Quem perder a noite pode sempre ir a uma qualquer segunda feira ao Café Carlyle em Nova Iorque, desde que reserve com muita, muita antecedência.

Esta presença do Woody novamente por cá, neste papel e em nenhum outro, faz-me (novamente) reflectir sobre as diversas capacidades que por vezes convivem numa só pessoa e que a sociedade insiste em descriminar. Woody Allen é genial como realizador. Tudo bem. Mas lá por causa disso não pode ser também um veterano no Clarinete? claro que pode! E fazê-lo com idêntica paixão. Fora com o preconceito.

Deve ser incrível passar o ano novo com uma Banda ao vivo. Pena é que em Portugal este conceito das "big-bands" não vingue, ou não teríamos que pagar este preço.

A banda de Woody Allen, a “New Orleans Jazz Band” é constituída por: Woody Allen, no clarinete; Simon Wettenhall, no trompete; Jerry Zigmont, no trombone; Conal Folkes, ao piano; Greg Cohen, no baixo; John Gill, na percussão; e por Eddy Davis (que a dirige), com o seu banjo.

Deve ser um previlégio, para quem gosta de música e do prazer de se deixar encantar...

digo eu

ps: é necessário ir de "smoking"

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Recordações do futuro...


Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.

Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:

Da fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa -
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?

Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal -
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?

E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!

Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!


- José Carlos Ary dos Santos

A Cruzada


Neste dia que hoje passou, o Mundo decidiu ficar um pouco mais "complexo".

Soube pelo rádio do carro do assassinato violento da Ex-Primeira Ministra Paquistanesa (e novamente candidata) Benazir Bhutto. Soube também que ela era, ao que parece, uma candidata "moderada" que traria liberdade religiosa e uma democracia mais estável ao Paquistão. Menos um ponto a favor da tolerância no Mundo.

Sobre o Paquistão proponho uma pequena e breve reflexão. Comparemos com a célebre questão do Darfur, onde as disputas de liderança e as querelas religiosas também ceifam muitas vidas, mas não existem "interesses nucleares"como no caso Paquistanês... e isso faz com que sejam apenas problemas "numa zona longíncua" do mundo... o que no caso presente já não é bem assim. Como sempre, é uma questão de perspectiva há. Ora isso torna tudo muito mais complexo.

A propósito de perspectivas, esta nova página da história vira-se enquanto na minha pacata bolha (pacata?) viro também as páginas de mais um livro. Desta vez é "A Cruzada", o segundo volume de um trilogia dedicada ao tema "templários", por vezes um pouco gasto mas que é assunto que vai despertando o meu interesse quando é tratado "em bom", ou pelo menos "em divertido". No caso presente é um pouco dos dois (achei eu pelo menos) e a relação com o evento que hoje marca o noticiário é que além de ser um livro de aventuras (pode-se dizer "livro de capa e espada"?) é também um livro que convida a uma relflexão mais profunda (por vezes mais aspiracional que conseguida) sobre "como a perspectiva muda tudo e nos a todos ter razão". Recomendo a quem tenha um perfil.. no meu género!

Digo eu


quinta-feira, dezembro 27, 2007

Renascer


Renascimento de um blogue que nunca foi cousa nenhuma. pim. dia 1 (ou será dia "0"? ou dia "-1"? pouco importa!)

A vontade de escrever que se perdeu por outras paragens, umas mais profissionais que outras, atirou este espaço para o esquecimento de onde o fui buscar. algumas mensagens datadas de 2004, com um escrita quase me enojava insitiam em deixar-se ler. Acabei com elas.

Dizem que vivemos a era da "net 2.o", pois eu sou o Umberto 2.0. "versão revista e aumentada" diria um editor.

A ver vamos!!